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Infometter ganha Prêmio Internacional na Categoria "Meio-Ambiente"

O projeto recebeu o RFID Journal Awards 2015, na categoria meio-ambiente, no RFID Journal LIVE! 2015, em San Diego, nos Estados Unidos.

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"O prêmio é o reconhecimento de um trabalho ousado, único e pioneiro no Brasil, bem como o reconhecimento pelo trabalho de toda a equipe envolvida"

"O meio-ambiente também será beneficiado, uma vez que as sucatas serão separadas, permitindo reutilizá-las"

Benemar Tarifa, da Sabesp

A Sabesp, maior empresa de gestão de água e resíduos do mundo, está realizando o controle unitário e apurado do ciclo de vida de um medidor de água com uma ferramenta de gestão que facilita as tomadas de decisões, a interação com os fornecedores e trouxe ganhos relacionados à segregação da sucata. A solução da Sabesp tem como base a tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID), fornecida pela Infometter em parceria com a Acura Global, que, além dos serviços, fornece os leitores e as tags (etiquetas de identificação com chip).


A companhia atende usuários residenciais, comerciais e industriais de seus serviços na cidade São Paulo e em 364 dos 645 municípios do Estado. A Sabesp aplicou tags em medidores de água e está usando leitores de RFID portáteis e um portal fixo para, inicialmente, agilizar o processo de verificação e eliminar o erro humano, diz Benemar Movikawa Tarifa, gerente do departamento de hidrômetros, da Superintendência de Planejamento e Desenvolvimento Metropolitano da empresa.

São tão amplos os ganhos com a RFID, segundo o executivo da Sabesp, que alguns se tornam muito difíceis de mensurar. "O sistema permite identificar e reduzir pontos de desvios de hidrômetros, ou seja, fraude, com ganhos como agilidade no processo, desburocratização, redução do número de documentos que transitam digitalmente por e-mails, falhas e atrasos no recebimento dessas informações".


Dentre outros ganhos, Tarifa menciona a valorização da sucata, permitindo exercer contratos de permuta com valores mais atrativos, o que permite que o fabricante receberá apenas sucatas de seus próprios medidores. "Isto traz diversos ganhos para eles, como reduzir as perdas com ativos e perdas fiscais, pela não baixa do produto"​.

Entenda o Projeto


O processo de controle dos hidrômetros dentro da Sabesp começa com um registro de preços para quantidades especificadas que os fabricantes recebem da divisão de medidores (MPOM), Unidades de Negócios (UN), regionais e empreiteiras. De acordo com Tarifa, o processo é composto por três etapas:

- 1ª Etapa: aquisição, inspeção, recebimento e distribuição; - 2ª Etapa: distribuição à contratada, aplicação e devolução; - 3ª Etapa: devolução, baixa, recuperação e destinação final.


Hoje, de modo resumido, o fabricante fornece os hidrômetros com uma tag RFID, tornando possível realizar as operações de recebimento, inventário e o seu envio para as contratadas, utilizando os coletores de dados. Uma vez na contratada, o hidrômetro sai para ser instalado ou para troca.


A tag RFID é então fixada no hidrômetro antigo, retirado da rede, pois o hidrômetro sucateado não possui RFID. No passo seguinte, a contratada informa qual hidrômetro foi colocado no local e o GIM vincula essa substituição.


Então a contratada informa a Unidade de Negócio sobre quais hidrômetros está enviando para a MPOM, por meio do sistema GIM. Chegando na MPOM, as sucatas são reconhecidas na esteira de separação, automaticamente.


Pelo processo antigo, sem RFID, na primeira etapa, a UN solicitava ao fabricante uma determinada quantidade de medidores junto com um documento de formalização. Em seguida, o fabricante finalizava a produção e enviava um formulário solicitando o agendamento para a MPOM e recebia sua confirmação, depois de muita burocracia. A MPOM, então, fazia a inspeção dos hidrômetros no fabricante e enviava por e-mail um arquivo com a lista de hidrômetros inspecionados.


Depois a Sabesp, cadastrava no Sistema SGH – o antigo ainda em uso – e gerava a aprovação do lote, com o documento de liberação. Por fim, o fabricante enviava o lote de hidrômetros para a UN solicitante, junto com o laudo de aprovação do lote.


O primeiro impacto da RFID foi acabar com esta burocracia. Pelo novo modelo com o sistema GIM e RFID, o fabricante entra no portal Sabesp, agenda uma inspeção em produtos, recebe a confirmação e, após a aprovação do lote, faz o carregamento dos hidrômetros solicitados. "Assim não existem mais e-mails sendo trocados, o que otimiza o processo. Além disso, com a RFID existe um tratamento unitário de cada hidrômetro de forma rápida e eficiente", atesta.


Na segunda etapa, após a entrada no estoque da UN, o hidrômetro era enviado para as empreiteiras com nota de transferência de posse, que instalavam ou trocavam o hidrômetro na rede. No caso de troca, as empreiteiras devolviam o hidrômetro retirado da rede com o mesmo número de hidrômetros referente às trocas declaradas para a UN. "Como não se fazia um controle unitário apurado", diz Tarifa, "o processo sem RFID dava brechas para desvio, falhas na execução do processo, números incoerentes, etc".


"Antes, dada a quantidade de hidrômetros envolvidos e a complexidade dos contratos com as empreiteiras, não era possível fazer o controle unitário de quais hidrômetros foram enviados para instalação para empreiteira A, B ou C", explica Tarifa. "Agora é possível saber exatamente com quem está cada medidor, exatamente onde foi instalado cada um e ter o controle de tudo que entra e saí de cada UM".


Por último, a UN enviava os hidrômetros retirados (sucatas) para a MPOM, para recuperá-los ou enviar para os fabricantes, executando os contratos de permuta, ou seja, a troca de hidrômetros velhos por novos. "Com a adoção da esteira de seleção com RFID, é possível obter melhor valor na execução do contrato de permuta, pois podemos separar as sucatas por fabricante, afinal cada um utiliza peças diferentes. Assim, além de conseguir identificar as falhas no processo, em tempo real, o sistema verifica as inconsistências".


A implantação da RFID na Sabesp não segue o padrão passivo EPC UHF, da GS1, porque, segundo Tarifa, o projeto foi pensado especialmente para atender as necessidades mapeadas pela sua equipe. Foram escolhidas duas formas de se fazer as leituras com RFID: com o coletor manual e com o portal. Os hidrômetros novos são lidos com coletores móveis, nas movimentações de pallets de forma rápida e precisa. Já o portal de leitura está instalado em uma esteira responsável por fazer a segregação da sucata – hidrômetros velhos – conforme critérios pré-determinados.


A decisão pela RFID partiu da Superintendência de Planejamento e Desenvolvimento da Sabesp, responsável pelos medidores, que viu na tecnologia a melhor maneira para reduzir os problemas de controle de hidrômetros. "O projeto está na fase final de ajustes operacionais e planejada a replicação da solução para as demais unidades de negócio", diz Tarifa. "Hoje temos uma base de umas 8 milhões de instalações que não possuem RFID, mas já no próximo registro de preços iremos adotá-la dentro do hidrômetro.


O sistema GIM está integrado com os diversos sistemas da Sabesp. "Estamos em um momento de adoção do SAP [sistema de gestão empresarial ou ERP]. Após executadas as diversas fases dessa implantação, o GIM passará por integrar-se ao SAP", relata Tarifa, dizendo que o banco de dados está nos servidores da Sabesp, porém, o GIM é uma aplicação em cloud computing, pela internet.


O middleware foi dividido em GIM-COLLECTOR e GIM-SORTER. O primeiro é responsável por vincular as leituras realizadas nos coletores com as tarefas de inventário, carregamento, recebimento, retorno de hidrômetros e manter o GIM atualizado com as informações coletadas. Já o GIM-SORTER busca informações no GIM para fazer a separação dos medidores.


Os principais ganhos com o projeto foram a redução de erros na recepção e logística, garantia de segurança e rapidez na conferência e nas inspeções, além da agilidade na prestação de serviços. "O meio-ambiente também será beneficiado, uma vez que as sucatas serão separadas, permitindo reutilizá-las", revela.


Tarifa afirma que foram diversos os desafios para implantar o novo sistema, pois trata-se de um projeto único que envolve uma estrutura complexa, diversas unidades de negócios, fabricantes e empreiteiras sob contratos anteriores ao RFID. "Mesmo assim, podemos dizer que o maior desafio foi o projeto da esteira de separação, pois sem ela perderíamos o principal ganho, que é valorizar os hidrômetros nos contratos de permuta".


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